UNIVESIDADE FEDERAL DA BAHIA - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA - ENSINO FUNDAMENTA/SÉRIES INICIAIS
PREFEITURA MUNICIPAL DE IRECÊ.
Docente: Clívio Pimentel
Cursista: Ana Cristina Ferreira de Souza Cordeiro.
O livro “A Dança do Universo” nos ajuda a compreender a relação da ciência e os mitos sobre a criação do universo, devido às pesquisas e o tipo de vida que a humanidade vai construindo ao longo de novas descobertas. Os mitos da criação nos fornecem um retrato fundamental de como determinada cultura percebe e organiza a realidade à sua volta, enquanto que a ciência procura explicar como tudo isso aconteceu.
É natural que as diferentes culturas tentem formular uma explicação para a origem do universo. Elas procuram sempre usar uma linguagem essencialmente Metafórica, pois esta baseado em símbolos que têm significado dentro da cultura geradora do mito.Metáforas também são comuns em ciência, especialmente a ciência que explora fenômenos alheios à nossa percepção sensorial, como por exemplo no mundo do muito pequeno e do muito rápido, o domínio da física atômica e subatômica.
Isso explica por que mitos determinadas culturas podem parecer completamente sem sentido em outra.
Nós, professores, em sala de aula, podemos trabalhar com a ciência através de hipóteses e teorias, haja vista que existe uma diversidade de teorias a esse respeito, sendo as mais conhecidas a teoria da evolução e a teoria bíblica.
Quando abordamos o assunto em sala de aula, observamos que os alunos já possuem um conhecimento sobre o conteúdo, e não deixa de existir algumas polêmicas, pois, a religião está intrínseca no contexto cultural do qual fazem parte. Por exemplo, o mito Assírico mostra outra versão da criação do homem (800 a.C.). Eles acreditavam que o mundo surgiu dos deuses e através do poder da fertilidade da terra. Esta é uma das diversas versões que podemos encontrar a respeito da criação do universo.
Segundo Gleiser:
Infelizmente, existem dois lados para tudo, inclusive para as descobertas científicas. Como disse Sidarta Gautama, o Buda, “onde existe luz, existe sombra”. O conhecimento pode gerar poder, e o poder é muito sedutor. A ciência pode curar, mas também pode matar. Contudo, a alternativa, certamente, não é desprezar a importância crucial da ciência para a sociedade. Essa atitude seria uma viagem sem escalas para o obscurantismo, forçando nossa qualidade de vida a regredir aos padrões miseráveis de um passado não muito distante. O conhecimento não representa necessariamente sabedoria, mas com certeza a ignorância nunca é uma opção razoável (Gleiser, 1997, p. 275).
As descobertas da ciência têm como finalidade estudar as leis físicas e a da escola permitir que as novas gerações participem da sociedade a quem pertencem e tenham a capacidade de criar soluções para os problemas que diz respeito a ciência e o estudo com o universo, sempre buscando relações entre as coisas existentes no universo, e desta forma, explicar as suas origens. Estudar o livro me permitiu conhecer as possibilidades de teorias científicas levando em consideração as proposições feitas pelos cientistas em consideração àquilo que eles sabem até os dias de hoje e, portanto, tais opiniões poderão mudar de acordo com novas descobertas.
Observando a ideia central que as escolas pré-socráticas discutiam, nos possibilitou compreender os conflitos entre algumas teorias, pois, para cada teólogo mais importante da época, as observações astronômicas podiam apresentar o real e provável sobre a formação do universo diante de diferentes teorias, ficava difícil descobrir qual era a correta e se atentar para o fato de que todas as vezes que nossos antepassados criaram algo novo aquilo influenciava na vida de toda a comunidade e na sua cultura.
Antes da leitura do livro “A dança do universo”, eu via a ciência como algo distante da realidade que estamos inseridos, além disso, a minha visão era que a maioria dos cientistas não acreditava em Deus. Com isso, me questionava como eles viam o surgimento do universo, quais as teorias que apresentavam? E tudo isso me deixava um tanto confusa.
O estudo deste livro ampliou uma melhor compreensão do surgimento do universo, analisando as teorias apresentadas pelos cientistas ao longo da história. Desta forma, trabalhar com os alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental ficou mais fácil, haja vista, eles sempre apresentam os seus questionamentos sobre este conteúdo. Com isso, me interessei em estudar o livro e participar das discussões com as colegas e o professor Clívio sobre o tema: Ciência no mundo: uma abordagem histórica. Tais discussões serviram-me, sobremaneira, para nortear os meus conhecimentos, pois os conteúdos abordados no terceiro ano sobre a origem do universo traz uma dinâmica para se identificar as diferenças e semelhanças entre a versão bíblica e a científica.
Estudar o livro de Marcelo Gleiser foi muito interessante, apesar de ser, a meu ver, um livro um tanto complexo, todavia, com as discussões e explicações do professor Clívio, pude enxergar um pouco mais distante sobre as teorias apresentadas pelos cientistas e, por conseguinte, ter uma visão mais ampla desde os mitos da criação até a teoria do Big-Bang. Atentar para o fato que:
Somos o único tipo de ser vivo que se adaptou em quase todos os ambientes da terra. Cada nova terra obrigou a construção de novas culturas, línguas, e construção de novas famílias em territórios diferentes.
O objetivo de estudar este livro foi para compreender a importância dos cientistas e suas teorias na capacidade de observar as informações fornecidas através de teóricos e sistematizar estas informações em conhecimento para a ciência e a evolução. Considero que olhar o mundo e construir opiniões de como surgiu o planeta terra, as plantas, os animais e nós seres vivos não é uma tarefa simples, mas os cientistas foram inteligentes e capazes para criarem novas descobertas sobre o surgimento da humanidade e suas adaptações na terra.
Referência:
GLEISER, Marcelo. A dança do universo: dos mitos de Criação ao Big-Bang – São Paulo: Companhia de Letras, 1997.