domingo, 13 de dezembro de 2009

Atividade de Educação Corporal

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA DAS SÉRIES INICIAIS/ENSINO FUNDAMENTAL


ANA CRISTINA FERREIRA DE SOUZA CORDEIRO

NÚBIA BARBOSA DOS SANTOS

TÊILES BEATRIZ MEIRA DE FREITAS

EDUCAÇÃO CORPORAL

Atividade de Registro e Produção apresentada como avaliação parcial do Ciclo três do curso de Licenciatura em Pedagogia do Ensino Fundamental / Séries Iniciais da Universidade Federal da Bahia/FACED/UFBA/IRECÊ, sob a orientação da professora Cilene Nascimento Cando.

IRECÊ

2009

O Brincar na Educação Infantil
Através das brincadeiras a criança aprende, exercita suas novas habilidades, percebe coisas novas, digere medos e angústias, repete sem parar o que gosta, explora e pesquisa o que há de novo ao seu redor.
(Maldonado).
É no ato de brincar que a criança desenvolve sua identidade, sua autonomia, atenção, imitação, imaginação, memória, que experimenta e cria regra, supera seus medos e anseios, compreende o outro, enfim, é brincando que a criança descobre-se como “gente” socialmente incluída e capaz de conviver com o diferente, seja com o seu próximo ou com alguma situação. É também no brincar que realiza toda a trajetória social, a qual fará quando for crescida. Dependerá do brincar o alcance do equilíbrio e da maturidade para a sua realização como pessoa. Portanto, é possível afirmar, sem sombra de dúvidas, que brincar é vital para a criança. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCN p. 27).

“A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o “não brincar”.

Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se.

Embora a brincadeira seja uma atividade livre e espontânea, ela não é natural, mas uma criação da cultura. Pois uma das primeiras brincadeiras da criança é imitar os adultos: ela costuma observar e reproduzir gestos e caretas no mesmo momento que acontece. A arte não pode ser vista como o conhecimento pedagógico e sim, como a arte no campo do culturalismo. A arte é uma produção humana, pois é caracterizada como a cultura da arte na criatividade, inteligência e subjerção.

Trabalhar a arte na educação infantil é um dos meios visuais que são importantes para os pequenos entrarem em contato com o que ainda não conhecem. Nessa fase, as linguagens se misturam e um mesmo objeto, como um giz de cera, pode ser usado para desenhar ou batucar.

A linguagem da arte na educação infantil tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos cognitivos, sensíveis e culturais. Até bem pouco tempo o aspecto cognitivo não era considerado na a educação infantil. Para compreender a arte no espaço da educação infantil no momento atual, mesmo que brevemente, é preciso situar o panorama histórico das décadas de 80 e 90. Os referenciais que fundamentavam as práxis do profissional da educação infantil eram os Cadernos de Atendimento ao Pré-escolar (1982), criados pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC.

Os textos destes Cadernos para aquele momento histórico tiveram contribuição fundamental como subsídio para as ações dos educadores atuantes na educação infantil. Entretanto, vale ressaltar que pouco priorizava o conhecimento, centrando-se apenas nas questões emocionais, afetivas e psicológicas e nas etapas evolutivas da criança.

Com relação à arte na educação, os pressupostos eram muito mais voltados à recreação do que às articulações com a arte, a cultura e a estética. Como exemplo, é possível citar a ênfase em exercícios bidimensionais que priorizava desenhos e pinturas chapadas. Ou seja, os conceitos sobre arte resumiam-se a simples técnicas. De acordo com PILLOTTO (2000 p. 61) “é interessante observar que esse Caderno, embora tenha uma fundamentação teórica voltada às concepções do ensino da arte modernista, na sua essência é muito mais tecnicista no que diz respeito aos exercícios repetitivos, mecânicos e sem a preocupação com a reflexão dos conceitos”.

Atualmente a arte tem uma função social em diferentes aspectos, pois o brincar mesmo sendo uma fonte de lazer é simultaneamente uma fonte de conhecimento e aprendizagem, trabalhando a dimensão participativa, e aprendizagem precede o desenvolvimento, ao brincar a criança constrói significados, despertam sentimentos, emoções, fazendo assimilações de seus papéis sociais.
O papel da Arte e a Ação Pedagógica
O processo da aprendizagem implica na realização de atividade que leva a construção dos conceitos que constitui os referidos conteúdos. Não se pode restringir o brincar a função pedagógica, uma vez que ele também promove a constituição do próprio indivíduo.

Uma proposta educativa precisa considerar que, durante o seu desenvolvimento, a criança manifesta diferente formas de sentir, pensar e de agir, que caracteriza suas relações com um mundo físico e social. Segundo o RCN’S, cabe ao professor promover atividades individuais ou em grupo, respeitando as diferenças e estimulando a troca entre as crianças.

É interessante que os planejamentos sejam voltados para os movimentos corporais, através da música, da dança, brincadeiras de faz de conta, modelagens e ilustrações.

Quanto mais variadas as experiências apresentadas, maior a garantia de qualidade no desenvolvimento do grupo. Escutar sons, como os produzidos por batidas em várias partes do próprio corpo e pela manipulação de objetos.

Contudo percebe-se a importância do educador direcionar a sua prática para o brincar pedagógico, tendo em vista que as crianças aprendem e interagem em diferentes contextos no mundo social e cultural.

Referências:

PILLOTTO, Silvia S.D. A trajetória histórica das abordagens do ensino e aprendizagem da arte no contexto atual. Revista Univille, V.5, n.1, abr. 2000.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil / Secretária de Educação Fundamental: Brasília MEC/ SFE, 1998.

SANTOMAURO, Beatriz. ANDRADE, Luiza. O que não pode faltar. In: Revista Nova Escola. n°. 217, nov. 2008.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Trabalho do Gelit A Escola das Emoções

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-UFBA


FACULDADE DE EDUCAÇÃO- LICENCIATURA EM PEDAGOGIA/ ENSINO FUNDAMENTAL E SÉRIES INICIAIS
Cursista: Ana Cristina F. de Souza Cordeiro
Professora: Fabrísia


A Escola das Emoções

O sol brilhante da tarde era favorável para ir a uma praia ou a piscina, mas tudo era apenas sonhos e recordações. Navegar nas ruas, observar o trajeto sempre na mesma direção, as casas, mercados, as mulheres que estavam à espera do portão abrir.

De longe avistava gritos, ecos, euforias, animações. Os guarda-chuvas coloridos, para as crianças não tomarem o sol e esperar a sineta tocar. O encontro no portão com beijos doces, alguns alunos me davam chicletes e balas outros já diziam do portão:

— Pró hoje eu não fiz o para casa!

A realidade era única, cheia de aventuras. Em cada rosto havia magia, envolvida com muita emoção.

Ao observar as duas situações, a dos pais que esperavam os portões abrirem, e a minha que ia ao encontro de mais um dia especial, senti naquele momento a importância de fazer uma escola diferente, que fosse acolhedora, encantada e receptiva.

Senti que contemplava o belo, além de boas sensações, quando fazia uma criança sorrir, aprender e se divertir. Na oportunidade o meu olhar se dirigiu para os que eram portadores de necessidades especiais que estavam à espera de novas aventuras e de descobrir novos amigos.

Fiquei impressionada, ao visualizar a pintura das paredes em amarelo intenso que parecia o raiar do sol. Observei o asfalto cinza com barros ainda fresco que eram marcas da chuva. Os vizinhos da escola sentados nas calçadas, com olhar direcionado nos alunos que estavam correndo atrasados para não perder aquele dia especial.

Por um momento fui tomada por uma fantástica imaginação de quando era criança, onde o meu pai me levava à escola. Analisei um senhor, idoso com cabelos grisalhos, pai de um aluno o qual segurava firmemente na mão do seu filho que entusiasmado gritava:

— Papai o portão está quase fechando, vamos rápido!

No espaço de dentro 10 salas grandes e bem arejadas, um refeitório composto com pranchas e bancadas para as crianças tomarem seus lanches com dignidades. Próximo uma biblioteca com vários livros e revistas para uma deliciosa viagem ao mundo da leitura, uma quadra esportiva que convidava qualquer atleta para jogar uma partida. A sala dos professores era muito aconchegante, com estofados macios, uma enorme mesa para pesquisas, também havia momentos de diálogos com outros professores. A sala da direção ficava ao lado, porém era um pouco pequena, mas acolhedora. Existe também uma sala com diversos computadores, o Infocentro, para que as crianças fazerem suas pesquisas na internet.

Se você quiser conhecer as demais instalações lhe convido a fazer-nos uma visita. Acredito que você sempre se recordará da escola das emoções.

O horário de abertura diário é das treze horas e trinta minutos, a partir deste momento a sineta toca e todos os alunos se dirigem ao pátio da escola, com suas mochilas coloridas, cada um senta no chão com as pernas entrecruzadas, ao mesmo tempo em que estão em busca de ouvir uma boa música que no mesmo instante é tocado pelo som ambiente da escola e com a presença dos professores ao lado de sua fila da inicio a oração e começa uma nova tarde de verão com boas vindas a todos.

O percurso continua, muita descoberta pela frente, naquele dia teria cinema com pipoca nas salas do 3º ano, grande era a ansiedade da turma.

CRÍTICA DO FILME ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS



ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS, O. Direção: Cao Hamburger. Roteiro: Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert e Cao Hamburger, baseado em história original de Cláudio Galperin e Cao Hamburger. Brasil: Buena Vista International, 2006.


O ano em que meus pais saíram de férias é uma história muito interessante, apresenta uma série de acontecimentos envolvendo uma criança de doze anos. Os primeiros momentos do filme apresentam os pais de Mauro o levando para ficar com o seu avô, seus pais alegam que estão de férias e não poderiam levar o filho na viagem.

O protagonista é o garoto Mauro (Michel Joelsas), apaixonado por futebol, que é levado às pressas de Belo Horizonte para São Paulo. Seus pais, fugindo dos militares, o deixam na porta do prédio onde mora seu avô. O inusitado é que seu avô morre instantes antes da sua chegada. Sozinho, Mauro acaba ficando sob os cuidados do velho judeu Shlomo (Germano Haiut), vizinho de seu avô.

O menino então se vê obrigado a ficar com um vizinho judeu, que tem todo um sistema de vida diferente do seu. Com isso, precisa lidar com um desconhecido e conviver com vários conflitos.

O filme: “O ano em que meus pais saíram de férias”, procura apresentar um momento histórico do nosso país, a ditadura militar, período bastante revistado e mostrado pelo cinema nacional. Uma época de repressão e censura, no qual muitas famílias ficaram marcadas para o resto de suas vidas.

Apesar desse tema, ditadura militar, ser mostrado em outros filmes, há aqui um diferencial, isto porque, apresenta um olhar infantil sobre os acontecimentos. Esse olho do protagonista, ao mesmo tempo inocente e ávido por compreender a confusão a sua volta, consegue criar momentos líricos em meio a um cenário sombrio e também potencializa esse cenário, já que suas conseqüências sobre uma criança soam sempre mais terríveis.

O filme se passa, mais precisamente, no ano de 1970, lembrado como o ano em que a seleção brasileira de futebol conseguiu o tricampeonato, mas que foi também um dos períodos mais repressivos da ditadura, sob o comando, naquele momento, do General Emílio Garrastazu Médici.

Apesar de todos os acontecimentos vividos pelo nosso país em uma época de repressão e censura, a população consegue se alegrar com as conquista da seleção, Há um paralelo entre a ditadura e o futebol. Mauro é um menino apaixonado por futebol, e apesar de está distante de seus pais, vive como um adolescente normal, no auge de sua puberdade, envolto em mundo de fantasias, alheio aos problemas e atrocidades que estava acontecendo naquele período.

Algo que também podemos destacar como interessante no filme é justamente o fato de mostrar o orgulho de ser brasileiro, um povo que não se entrega com facilidade, mas consegue superar as adversidades e mazelas do seu cotidiano. Além disso, o filme não procura dramatizar a vida do garoto Mauro, apelando para o lado emocional da trama.

O filme pode ser indicado para professores de história e Geografia, para que possam refletir com seus alunos sobre uma época de cerca de duas décadas de Regime Militar em nosso país. Além disso, pode ser visto e analisado por professores do Ensino fundamental, e juntamente com seus alunos analisarem as brincadeiras desenvolvidas por Mauro e seus amigos naquela época, fazendo-se um paralelo com as brincadeiras atuais, época do mundo digital na qual as crianças estão inseridas.

O filme: “O ano em que meus pais saíram de férias”, enfim, deve ser assistido pelas famílias, visto que pode ser refletida as relações entre pais e filhos, as quais precisam ser melhoradas na sociedade em que vivemos.

Esse filme me trouxe lembranças significativas da minha infância, pois nasci em meados da década de 1970, e assim como Mauro o protagonista do filme, fui morar também em São Paulo com minha família fugindo da seca que assolava a região de Irecê. Só pude conhecer o meu pai quando já tinha um ano e meio, pois ele havia viajado quando minha mãe ainda estava grávida de mim.

Assim como Mauro, apesar de viver a minha infância no período da Ditadura Militar, de certa forma estive alheia a tais acontecimentos, não deixei de viver no meu mundo de criança, repleto de fantasias.









Atividade deEducação Especial

CRÍTICA DO FILME DE PORTA EM PORTA


EDUCAÇÃO DIREITO DE TODOS


A escola deve oportunizar o acesso ao conhecimento historicamente produzido a todos, além de possibilitar relações e interações sociais, necessárias ao exercício pleno da cidadania. Ninguém deve ser segregado ser alvo de preconceito ou ter algum de seus direitos cerceados pelo fato de ser diferente, de pertencer a outro grupo cultural, social, étnico ou religioso. “A educação é direito de todos”. Faz – se necessário compreender que a educação está baseada na aceitação das diferenças e na valorização do indivíduo, independentemente dos fatores físicos e psíquicos. Nessa perspectiva é que se fala em inclusão, em que todos tenham, os mesmos direitos e deveres, constituindo um universo que favoreça o crescimento,valorizando as diferenças e o potencial de todos.

Durante muitos anos, as pessoas que nasciam com alguma deficiência eram afastadas do convívio social, pois sua diferença era vista como maldição. Hoje isso tem mudado muito,a Constituição Federal garante o direito a educação inclusiva para todos nesse sentido, o trabalho pedagógico no âmbito da escola ou em outros espaços educacionais, deve garantir a qualidade da educação oferecida, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um, de acordo com suas potencialidades e necessidades.

O caso de Bill Poter no filme De porta em porta, mostrou que apesar das suas limitações superou todos os obstáculos enfrentados por ele, realmente sua persistência acreditando que era capaz provou que mesmo com sua deficiência é capaz de se sustentar sozinho.

Atualmente, a educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis etapas e realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento que orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns.

Vivemos em uma época em que muito tem se falado na importância da inclusão de pessoas com necessidades especiais em todas as esferas da nossa sociedade, haja vista ser um assunto extremamente atual. Nesse aspecto nós não devemos fazer vistas grossas, mas procurar alternativas que propiciem uma melhor qualidade de vida para tais pessoas, dando-lhes autonomia para superarem as suas dificuldades. Fazendo uma análise da importância das habilidades sociais para o desempenho profissional e a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais no mercado de trabalho, diferentes recursos pedagógicos podem ser utilizados nesse processo de ensino-aprendizagem.

Assistir ao filme “De Porta em Porta”, deu-nos uma visão mais ampla sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas que possuem necessidades educacionais especiais em nossa sociedade. O filme é baseado na história verdadeira de Bill Porter, que nasceu com Paralisia Cerebral (PC), tendo como conseqüências sérios comprometimentos de desenvolvimento, principalmente na fala, expressão facial, na gestualidade e na locomoção. Tanto na entrevista de seleção para a vaga de vendedor quanto nos primeiros contatos com seus clientes, ele vivenciou várias situações de dificuldade, incluindo preconceito e rejeição. Aos poucos, Bill começa a conquistar seus clientes, tornando-se um vendedor muito eficiente em sua área de atuação, ao ponto de receber o prêmio de melhor vendedor do ano.

Alguns ensinamentos da parte de sua mãe contribuíram de forma substancial para que Bill Porter pudesse alcançar êxito na sua carreira profissional, paciência e perseverança. São essas duas qualidades que fazem com que pessoas que possuem certas limitações, possam superá-las e atinjam os seus objetivos.

CRÍTICA DO FILME: CINEMA, ASPIRINA e URUBUS.

CINEMA, ASPIRINA e URUBUS. Direção: Marcelo Gomes. Roteiro: Marcelo Gomes, Paulo Caldas e Karim Ainouz. Brasil: Inovasion,2005,90min.




A história do filme “Cinema, Aspirinas e Urubus”, se desenvolve em meados do século 20, no ano de 1942, e nos traz uma mensagem que caberia perfeitamente em nossos dias.

O filme mostra a metáfora da guerra e da miséria, situação semelhante tanto na Europa afundada na guerra quanto as dificuldades enfrentadas no nordeste brasileiro.

Observa-se na história, a perspectiva da fuga entre os dois personagens, Johann (Peter Kenath), um alemão radicado no Brasil por conta da guerra e Ranupho (João Miguel), pernambucano, que fugia da seca em busca de melhores condições de trabalho. Há, no decorrer das conversas, uma abordagem sempre de maneira sutil e irônica, além de mostrar temas relacionados ao preconceito existente com os nordestinos que moram no sudeste do país.

A idéia do filme surge para retratar o grande fato histórico da segunda Guerra Mundial, razão pela qual, vários imigrantes chegam ao Brasil. À fuga para outros países, a exemplo do Brasil, favorece a implementação de novos hábitos e culturas trazidas pelos imigrantes para o nosso país e isso, de certa forma, contribuiu para o crescimento da cultura em seus diversos aspectos.

Os novos moradores chegam ao nosso país em busca de outros territórios que não estivessem envolvidos diretamente com a guerra, para que assim, pudessem encontrar novas perspectivas de vida. A guerra dura um período de quatro anos, entre 1941 a 1945 e a Alemanha estava passando por um caos. Desta forma, os alemães que chegam ao Brasil procuram melhores condições de trabalho.

Na estrada, o alemão Johann dá uma carona a Ranulpho, pernambucano, homem de humor sanguíneo, o qual quer saber o que o alemão faria para vender seu produto para os nordestinos miseráveis. O interessante é que seu produto é divulgado em um cinema móvel, no qual encanta os moradores que ficam cegos com tanta sedução pelo cinema apresentado.

A linguagem do filme apresenta um regionalismo típico do nordeste, no qual, o personagem Ranulpho é um protagonista que sente na pele os preconceitos marcados por ser um sertanejo que imagina na sua mente as humilhações vividas por outros companheiros na cidade do Rio de Janeiro e São Paulo.

O filme retrata tanto a realidade local, quanto a global entre a vida dos personagens, a cultura entre os continentes e os fatos históricos da época. Ao observar os efeitos que a guerra representa na vida de alguém, vê-se claramente no filme que a mesma, destrói as perspectivas das pessoas, assim como os nordestinos sentiam por causa das misérias existentes, por isso os dois personagens estavam em busca da felicidade.

Assistir a esse filme me permitiu conhecer um pouco o contexto histórico dos nordestinos e especialmente a situação da guerra, que foi a causa da fuga do alemão.

Indico este filme para os professores e alunos, porque eles terão a oportunidade de conhecer outros lugares com situações complicadas vividas tão perto da gente e que, muitas vezes,não paramos para observar.

Indico este filme para os professores de história e geografia, pois é um proposta de estudar o local e o global a vegetação típica do estado do nordeste e também a diversidade cultural do estado do Pernambuco.