quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil.

UFBA – Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação
Programa de Formação Continuada de Professores – Município de Irecê
Curso de Pedagogia - Ensino Fundamental/ Séries Iniciais
Professoras: Ana Paula Moreira e Roseli de Sá
Ciclo UM – 2008.2
Atividade: Legislação e educação brasileira: Um painel através da música popular brasileira.
Tópico: A história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil.
Alunas: Ana Cristina F. de Souza Cordeiro, Elizabete Rodrigues N. Ribas, Josielma Silva Pires, Naura Célia dos Santos Silva, Núbia Barbosa dos Santos, Têiles Beatriz Meira de Freitas.

A história da estrutura e da organização do sistema de ensino no Brasil.

A história da estrutura e da organização do ensino no Brasil mostra a situação socioeconômica do país, todavia, além disso, revela o panorama político de determinados períodos históricos.
Na década de 1980, no Brasil, observamos uma estrutura socioeconômica uma tendência neo-conservadora com uma clara diminuição do papel do Estado de servidor de serviços públicos, como saúde e educação. Os avanços tecnológicos ocorridos ao longo da história, sempre procuram na escola um trabalhador cada vez mais capacitado e qualificado para ingressar no mercado de trabalho. Nesse aspecto surgem as críticas, em especial, pelo setor privado com relação ao poder público, uma vez que ele se ausenta da responsabilidade, no tocante a preparação e formação do indivíduo. Dentro dessa perspectiva, surge uma questão crucial sobre o papel social da escola: “é sua função formar para o trabalho, ou ela constitui espaço de formação do cidadão partícipe da vida social?”. (LIBÂNEO, 2003 p. 131).
O Banco Mundial defende que a educação básica deve ter garantia de ser mantida pelo Estado de forma gratuita, porém, não totalmente monopolizada pelas escolas públicas. Os neoliberais criticam tal monopólio, e defendem que disponibilize cheques com valor necessário para que os pais mantenham os estudos de seus filhos, e tanto as escolas públicas, quanto particulares disputariam tais cheques. Para os neoliberais isso seria a “política de livre escolha”. (LIBÂNEO, 2003 p. 132).
De acordo com a nova LDB 9.394/96, quando se refere ao direito à educação e o dever de educar, a lei visa garantir o acesso de todos, sem restrições, a educação gratuita. No inciso I, do Art. 4º estabelece o dever do Estado com relação à escola pública. “O ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria” (DEMO, 1997 p. 15,16).
De acordo com um estudo patrocinado pelo Banco Mundial a educação básica “é o pilar de crescimento econômico e do desenvolvimento social e o principal meio de promover o bem-estar das pessoas” (Exame, jul. 1996, p. 41 – 42, apud, LIBÂNEO, 2003 p. 132). Um dado alarmante é justamente a média do grau de escolaridade dos trabalhadores brasileiros que é de aproximadamente 4 anos, enquanto na Argentina é mais que o dobro, cerca de 8,7 e na França atinge quase três vezes mais, tendo uma média de 11 anos. Desta forma o Brasil dispõe de uma mão de obra desqualificada, prejudicando assim o processo de produção que tem sido a cada dia mais sofisticado.
É importante compreendermos que ao falarmos de educação e ensino, precisa fazer referência a outras questões que estão diretamente ligadas a elas: as questões econômicas, políticas e sociais. Com o processo de industrialização do Brasil, que acontece na década de 30, os acontecimentos políticos, e sociais vislumbram um novo perfil na sociedade brasileira. Daí a educação ganha um maior importância, entre 1930 a 1937, devido ao fortalecimento do Estado-nação, exige-se ações por parte do governo no que tange a organização escolar, em um plano nacional, pois o mercado começava a exigir condições mínimas para se concorrer ao mercado de trabalho.
O crescimento industrial no Brasil, com as suas novas exigências proporcionou um crescimento também na área da educação jamais visto antes, a prova disto é a criação do Ministério da educação e Saúde pública.

Em 1930, foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP), a reforma elaborada por Francisco Campos, ministro de Educação, atingiu a estrutura do ensino e o Estado nacional teve ação mais objetiva sobre a educação, oferecendo uma estrutura mais orgânica aos ensinos secundários, comercial e superior. (LIBÂNEO, 2003 p. 134).

A criação do Ministério de Educação seria o primeiro passo para que a educação no país pudesse ter uma referência para um crescimento mais conciso e eficaz.
Refletimos que a evolução industrial contribuiu para o desenvolvimento do país e o fortalecimento da educação, pois a intensificação do capitalismo industrial trouxe alterações significativas nas aspirações sociais no que diz respeito à educação, pois se exigia condições mínimas para concorrer no mercado de trabalho.

Referências:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia, São Paulo: Moderna, 2000.

BRASIL. Lei Federal n° 9,394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços – Campinas, SP: Papirus, 1997. (Coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).

LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J. F. de. TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. (Coleção Docência e formação; coordenação Antonio Joaquim Severino, Selma Garrido Pimenta).

sábado, 18 de outubro de 2008

LINHA DO TEMPO

UFBA – Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação
Programa de Formação Continuada de Professores – Município de Irecê
Curso de Pedagogia - Ensino Fundamental/ Séries Iniciais
Professoras: Ana Paula Moreira e Roseli de Sá
Aluna: Ana Cristina Ferreira de Souza Cordeiro
LINHA DO TEMPO – RICARDO NOBLAT – PERFIL
ANA CRISTINA FERREIRA DE SOUZA CORDEIRO

Em 1964 acontece à prisão de Miguel Arraes na cidade do Recife – PE, nessa ocasião eu ainda não era nascida. No ano de 1968, em plena ditadura militar, o jornal Tribuna de São Paulo, noticia a prisão de estudantes, considerados detentos políticos, no DOPS. Já em 1969 acontece a libertação de Gregório Bezerra, na cidade de São Paulo.
No ano de 1976, em um povoado de São Gabriel, BA, acontecia o meu nascimento. Porém o meu pai não presenciou tal acontecimento, devido estar na cidade de São Paulo, pois as dificuldades financeiras o forçam ir para tão longe, ficando a minha mãe grávida de mim e cuidando dos meus três outros irmãos.
Em 1978 a minha mãe viaja para São Paulo para morar naquela cidade junto ao meu pai. Nessa data o meu pai me vê pela primeira vez, e eu já tinha um ano e meio.
Alguns fatos marcaram o ano de 1981. Acontece a prisão dos líderes metalúrgicos em São Paulo, junto com eles estava Luiz Inácio da Silva - Lula. Presenciei isso de perto, pois morávamos em São Bernardo do Campo. Neste mesmo ano comecei a estudar no Jardim de infância.
Em 1985 acontece o movimento: “Diretas Já”. Trancredo Neves é eleito presidente, porém não chega a assumir, doze horas antes é hospitalizado, vindo a falecer cerca de um mês depois. José Sarney assume em seu lugar. Foi o ano mais feliz da minha infância, pois ganhei uma coleção de livrinhos novosb no dia das crianças.
Em 1986 acontece a convocação da população pelo presidente José Sarney para apresentar o “Plano Cruzado”, todavia, um ano mais tarde o plano fracassa. Nesse mesmo ano eu já estava cursando a 4ª série do primário, apesar de mais nova, acompanhei os meus irmãos, pois, eles perderam de ano.
Em 1989 precisei retornar para Bahia, pois o meu pai sofreu um AVC, e ficou impossibilitado de trabalhar. Fui morar no povoado, e como não tinha escola que nos oferecesse a série que cursávamos, eu e os meus irmãos, precisamos repetir o ano. No ano seguinte viemos morar em Irecê e dar continuidade aos estudos.
Em 1994 alguns fatos marcaram a história e a minha vida. Morre o pilota Airton Senna, o Brasil é tetracampeão na copa dos estados Unidos. Nesse mesmo ano me casei, tinha 18 anos e ainda me faltava um ano para terminar o Magistério. O que aconteceu no ano seguinte.
No ano de 1996, a Câmara aprova a CPMF, imposto que seria destinado a saúde. Nesse mesmo ano nasce o meu primeiro filho, experiência marcante em minha vida.
Em 1997, ano em que Bill Clinton assume o seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos, comecei a lecionar na Escola São Pedro no município de Irecê.
Em 2000 milhares de pessoas comemoram a chegada do no milênio. Algo que me marcou foi o nascimento de minha filha, formando assim um casal de filhos.
Em 2002 entram em circulação as notas e moedas de euro, o Brasil consagra-se pentacampeão mundial na copa do Japão e Coréia do Sul, após jogo contra a Alemanha. Nesse mesmo ano fui selecionada para trabalhar na Fazenda Nova Canaã. Meu esposo foi aprovado na UNEB, no curso de pedagogia, no segundo semestre do ano seguinte ele começa a cursar a universidade.
Em 2003, Luiz Inácio Lula da Silva assume a presidência da República. Nesse mesmo ano comecei a ensinar nas turmas de Jovens e Adultos.
Em 2004, Um terremoto no Oceano Índico, seguido de Tsunamis provoca a destruição dos países do Sudeste Asiático. Estimou-se o número de mortos em 398.000 pessoas. Em fevereiro alcancei uma grande vitória, passei no concurso público da Rede Municipal e tomei posse em julho desse mesmo ano, após sete anos como contratada.
Em 2006, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assume o seu segundo mandato.Nesse ano, após algum tempo, voltei a ensinar nas turmas de 1ª a 4ª série, agora na Escola Marcionílio Rosa.
Em 2008 acontece as Olimpíadas de Pequim na China, sendo o país sede o campeão de medalhas, batendo os Estados Unidos. Dois fatos importantes aconteceram na minha vida, meu esposo concluiu o curso de pedagogia na UNEB e eu fui aprovada na seleção da UFBA e comecei a cursar a universidade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Projeto de Leitura


PROJETO DE APRENDIZAGEM (Poesias e Contos)


"VIAJANDO PELO MUNDO DA LEITURA” OBJETIVO GERAL




Possibilitar aos alunos o hábito de ler, valorizando a leitura como fonte de informação e aprendizagem, proporcionando o prazer pela leitura.


JUSTIFICATIVA


Devido à falta de hábitos de leitura no cotidiano dos alunos sentimos a necessidade de elaborar um projeto que venha promover momentos, em que os alunos possam ter contatos com diversos tipos de textos. Cuja intenção, é possibilitar que os mesmos ingressem no mundo da leitura conduzido pelo prazer, tornando-os leitores competentes e atuantes.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Segundo Isabel Sole: O ensino da leitura pode e deve ocorrer em todas as suas etapas (antes, durante e depois) e que restringir a atuação do professor a uma dessas fases seria adotar uma visão limitada da leitura e do que pode ser feito para ajudar as crianças a dominá-la (SOLÉ, 1998 P. 75)

CONTEUDOS- Leitura- Diversidade textual- Compreensão de texto- Linguagem oral- Estratégias de leitura.ETAPAS PREVISTAS- Apresentação do projeto- Contato freqüente- Intercambio entre as turmas- Planejamento das ações- Avaliação do projeto

Componentes:

Ana Cristina
Nubia Barbosa
Têiles Beatriz
Orientadora: Frabrizia

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Refexão do filme "O Jarro"

Reflexões através da obra “O Jarro”
Professora: Tuca Tourinho

Filme: O Jarro

O filme trouxe uma abordagem sobre as questões econômicas e sociais, tendo uma relação com o ambiente escolar. A história mostra uma realidade de vida muito difícil e sofrida, no deserto do Irã, na década de 1990.
As comunidades viviam em conflito em todo o tempo, as mulheres eram sempre discriminadas, todavia, defendiam seus filhos.
Em algumas cenas do filme vimos momentos de afetividade, quando o professor intervia ao perceber que os alunos estavam chorando e se sentindo desestimulados. Na escola o bem mais precioso era o “jarro”, objeto onde se colocava a água para saciar a sede dos alunos, porém em certo dia esse jarro foi quebrado, gerando muitos conflitos entre a comunidade e a escola.
Em meio às dificuldades o professor buscou dinamizar as suas aulas, trazendo o lúdico em suas aulas de arte e matemática. Pediu para que os alunos levassem para a escola ovos e cinza para que pudessem concertar o jarro, e a partir daí deu oportunidade para os alunos usarem a imaginação, desenhando o que quisessem na casca dos ovos.
O planejamento precisa sempre ser contextualizado com a vivência dos alunos, relacionando aos temas educacionais, dessa maneira se dá a construção do conhecimento. Percebi nesse momento que as aulas passaram a ser mais prazerosas, pois os conteúdos discutidos estavam relacionados às necessidades do cotidiano dos alunos. Todavia, o concerto do jarro não deu certo, assim, foi necessário arrecadar dinheiro entre a comunidade para comprar um jarro novo. O mais interessante é que quem arrecadou o dinheiro para comprar o jarro, foi uma mulher, figura tão discriminada em sua comunidade.
Os moradores não acreditavam que o dinheiro arrecadado seria realmente utilizado na compra do jarro, porém quando todos estavam reunidos em frente à escola, surge bem longe o rapaz com o jarro nas costas, tal acontecimento trouxe muita perplexidade na comunidade, porque o descrédito já havia contaminado aquelas pessoas, elas precisavam ver para crer.
Aquela escola, depois de tal acontecimento, jamais foi a mesma, pois o professor começou a relatar a importância da união e perseverança de todos.

sábado, 11 de outubro de 2008

Palestra Giovana Zen

A força Humanizadora da Literatura

A palestra nos proporcionou momentos de reflexão, de como enfrentar as situações difíceis em sala de aula, que muitas vezes foge do controle do professor e da direção da escola. A professora falou que tais situações foi fruto de sua pesquisa de mestrado, com o propósito de dar suporte aos educadores, com o ensino da literatura, mostrando que o papel do professor, não se restringe a ensinar a ler e escrever, mas tem a finalidade de educar o homem para a vida.
A escola é um espaço onde as pessoas trazem valores éticos e costumes, pois cada criança leva para a sala de aula as suas diferenças. Para tanto, faz-se necessário ensinar as crianças respeitarem as outras.
Para fazer a pesquisa, foi preciso trabalhar com a tipologia textual fábula. Analisando como os professores se posicionavam frente a Moral que as fábulas traziam. Na oportunidade foi proposto que a professora fizesse um plano de aula que envolvesse as fábulas.
Os trabalhos observados e planejados com fábulas trouxeram uma reflexão de que a maioria dos educadores estão mais preocupados com os conteúdos, embora, também seja necessário trabalhar os valores.
Portanto, entendo que os valores precisam ser resgatados no contexto familiar e escolar, de forma contextualizada, para que tenhamos uma sociedade mais igualitária.

MEU DIÁRIO

UFBA – Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação – Colegiado dos Cursos de Pedagogia
Ensino Fundamental/ Séries Iniciais – Projeto Irecê
Professora: Solange Maciel
Aluna: Ana Cristina Ferreira de Souza Cordeiro
Atividade: Diário de Ciclo

MEU DIÁRIO


No dia 16 de agosto de 2008, saí de casa pela manhã. O dia estava nublado, as nuvens cinzentas e o meu coração ansioso pelo evento que aconteceria logo às 8h com a professora Maria Helena Bonilla. As expectativas eram muitas sobre o que seria discutido e apresentado naquela oportunidade. Porém, quando iniciou a palestra sobre Oficina de Computação, refleti sobre as mudanças tecnológicas que repercutiram ao longo da Revolução Industrial.
A cada informação dada, procurava relacionar com a minha prática em sala de aula. Quando Bonilla enfatizou sobre o tema: A virada conceitual, e explicou que eu posso pegar as informações, manuseá-las, manipulá-las e socializar com os meus alunos, lembrei das aulas de computação que eram planejadas, onde os alunos só pesquisavam e não estavam manuseando estas informações. Compreendi neste momento que as nossas metodologias precisam ser revistas, para que, de fato, a aprendizagem venha a surtir efeito na vida do aluno e da sociedade.
Conclui que passar uma pesquisa na internet é semelhante ao indivíduo pesquisar em livros, em revistas ou jornais, sendo que neste método só estava modificando o ambiente e as ferramentas, porque os procedimentos continuavam os mesmos, muito embora saiba que o papel da escola é triturar as informações que vem dos alunos, os chamados conhecimentos prévios, para a partir daí transmitir novos conceitos.
Percebi que agora são novos tempos, novos espaços e é necessário pensar em novas estratégias de ensino que não seja só a cópia, analisar as possibilidades ampliando para as novas linguagens, dinâmicas e reestruturando o processo de ensino e aprendizagem.
Considerando as informações que já foram geridas, compreendo que é muito importante o professor contemporâneo ser capacitado, pois só a formação pode ampliar os conhecimentos.
Revendo um pouco sobre o que pensava da Oficina de Computação, achei que apenas seria mais um programa, todavia a experiência vivida naquele dia me fez pensar a curto, médio e longo prazo sobre os processos coletivos em rede. A interação proporcionada através da Web é um recurso relevante na construção do conhecimento, e isso acontece de forma não linear e de maneira flexível.
Para Paulo Dias o hipertexto tem um papel importante nesse processo de formação de novos modelos de abordagens teóricas.
(...) o hipertexto tem vindo a desempenhar um papel relevante na formação de modelos e abordagens teóricas, numa variedade crescente de domínios e áreas de intervenção, de entre os quais referimos as narrativas de hipertexto, hipermédia, a construção dos hiperdocumentos educacionais, a flexibilidade cognitiva hipertexto e os ambientes de aprendizagem flexível e colaborativas na Web. (DIAS, 2001 p. 32)

Acredito que a inteligência distribuída por toda a parte é valorizada em tempo real, pois a mesma resulta em uma mobilização efetiva. Analiso que a escola ainda se encontra muito perdida, sem acompanhar as mudanças das novas tecnologias, e que até dias atrás o medo estava por dominar o meu ser, pois tudo me causava pânico.
Na sala dos professores da minha escola sempre teve computador, mas eu queria passar longe dele, pois não sabia mexer e tinha medo de danificar alguma coisa. Até que um dia a direção da escola comunicou que estaríamos recebendo o Centro de Inclusão Digital (CID) para a escola e a comunidade. Minha primeira reação foi de alegria acompanhada por muita preocupação. Porém, depois recebemos um curso básico de como manusear o computador, pois os alunos teriam monitores para trabalhar com eles.
Agora me deparei com a Oficina de Computação. Naquela tarde de sábado do dia 16 de agosto de 2008, senti de volta o medo querendo me possuir, todavia, respirava fundo e fazia o que era proposto, e quando algo não dava certo chamava um colega ou a professora. Refleti mais uma vez sobre a sala de aula, quando lançamos um desafio que está fora do alcance dos alunos. Percebi o quanto o novo nos traz novas perspectivas, o que é extremamente necessário à coletividade e a cooperação, pois sozinha eu não iria conseguir realizar o que foi feito naquele dia: abrir o “Yahoo” e me apresentar para outros colegas já participando da lista de discussão. Isso foi muito importante para mim. Ter a possibilidade de participar de Blog, também seria para mim algo também interessante, pois, através dele posso interagir com outras pessoas.
Olhando neste contexto observo que a escola não é mais o lugar para o repasse de informações, e que o seu papel é de transformar as informações em conhecimento, e é por isso que o professor precisa estar inteirado com os mais diversos assuntos, para que assim desenvolva o seu papel de formador de opinião.
Sei que aquela aula foi proveitosa. E que a linguagem da Internet é por códigos ou palavras abreviadas, embora o que importe é a comunicação de forma colaborativa. Percebi que navegar é misturar leitura com escrita, pois ao mesmo tempo em que leio, também escrevo, e aprendi que não há uma forma linear para a construção do conhecimento, possibilitando assim, o indivíduo abusar da comunicação interativa.
Analisando o conhecimento novo que adquiri, vejo que não sou mais a mesma pessoa depois que iniciei neste curso de formação, pois, sempre estou em busca de novos conhecimentos que venham somar com a minha prática, pois a sociedade em que estamos inseridas nos indica novas relações com o saber, com as tecnologias e com o mundo, que apontam à necessidade de ressignificarmos as relações entre as pessoas e repensarmos a produção do conhecimento.
No domingo pela manhã observei que tudo o que ouvi e aprendi no sábado me dava subsídios para mandar e-mail para alguns colegas e para contagiar o meu ambiente de trabalho. Na segunda-feira, depois de cumprimentar os meus colegas de trabalho e me dirigir para a sala de planejamento, a primeira discussão foi que as aulas de computação precisavam ser planejadas com um outro olhar.









Referências:

DIAS, Paulo. Comunidades de Aprendizagem na Web. INOVAÇÃO, Lisboa, v. 14, n. 3, 2001. p. 27-44.