domingo, 15 de novembro de 2009

Reflexão Sobre as Aulas de Alfabetização Dois


Universidade Federal da Bahia – UFBA

Faculdade de Educação – FACED
Licenciatura em Pedagogia – Séries Iniciais
Ciclo Três – 2009
Professora: Geovana Zen
Cursistas: Ana Cristina Ferreira de Souza Cordeiro.
Data: 18/11/09

Reflexão individual sobre a experiência Formativa

Participar da atividade de Alfabetização Dois favoreceu um amplo conhecimento para a minha prática e para a minha formação.

A discussão que me deixou surpresa com as representações do sistema da escrita. E na oportunidade compreendi que é muito importante uma intervenção.

Alfabetização Dois da professora Giovana Zen. A mesma trouxe como temática o estudo: “Como as crianças que não sabem ler convencionalmente podem ler e produzir textos”. A proposta da tarefa foi discutida pelos professores presentes na aula, os quais eram alfabetizadores, e encaminhados como proposta para um planejamento para ser realizado com a nossa turma ou com os alunos que estavam na hipótese pré-silábica, com aspectos quantitativos e a hipótese pré-silábica, com aspectos qualitativos.

A sala encaminhada para realizar o diagnóstico foi da professora Alaides Nascimento professora do 1º Ano da escola onde trabalho. Foi desenvolvido na turma uma atividade que tinha como foco principal analisar as crianças que ainda não eram alfabetizadas. Na oportunidade os alunos que não liam convencionalmente recebiam as orientações para desenvolverem a atividade. Aos mesmos foram entregue alguns cartões com os nomes de animais, como por exemplo: TARTARUGA, CAMELO, LEÃO, etc. onde eles deveriam ler a palavra e colocar na figura correspondente com os nomes. Alguns fizeram corretamente, no entanto teve outros alunos que fingiam estar lendo.

Levando em consideração a minha sala de aula e alguns exemplos dos alunos que mesmo no “Terceiro Ano escolar” ainda não estão alfabetizados, compreendo que a situação é desafiadora neste processo tão complexo para nós professores.

Segundo Délia Lerner:

Ensinar a ler e escrever é um desafio que transcende amplamente a alfabetização em sentido escrito. O desafio que a escola enfrenta hoje é o de incorporar todos os alunos à cultura do escrito, é o de conseguir que todos os seus ex-alunos cheguem a serem membros plenos da comunidade de leitores e escritores (LERNER, 2002 p. 17).

Desta forma, cabe tanto a escola, quanto aos professores desenvolverem meios que possibilitem não só aos alunos ativos, mas aos que já deixaram a escola, uma maior interação nesse processo primordial na nossa vida, que a prática da leitura.

O maior desafio da educação hoje, a meu ver, é formar alunos leitores com competências de letramento, e que tenham habilidade para identificar e produzir, diferentes tipologias textuais. Para que isso aconteça é importante que os professores façam algumas propostas de atividades como: a linguagem oral e linguagem escrita.

Na linguagem oral, organizamos as idéias para expressarmos através da fala. Já a linguagem escrita exige os sistemas de escrita, sendo a forma como a gente organiza o texto. A forma como a gente organiza as 26 letras é um processo interessante que deve ser observado em cada criança.

É incrível quando os alunos aprendem a ler, pois acontece algo fantástico que não sabemos explicar esta magia, pois na prática da comunicação escrita, as letras do alfabeto servem como símbolos para formação de palavras e frases que possibilitem a interação entre o escritor e o leitor, e que esse possa entender o que o escritor deseja transmitir através de seus textos.

Segundo Isabel Solé, são vários os desafios que a escola enfrenta no processo de leitura.

Um dos múltiplos desafios a ser enfrentado pela escola é o de fazer com que os alunos aprendam a ler corretamente. Isto é lógico, pois a aquisição da leitura é imprescindível para agir com autonomia nas sociedades letradas, e ela provoca uma desvantagem profunda nas pessoas que não conseguiram realizar essa aprendizagem. (SOLÉ, 1998 p. 32)

A escola precisa encarar tal situação de frente, para que possa formar alunos autônomos e capazes de enfrentarem os desafios na sociedade onde estão inseridos.

A professora Giovana Zen, retomou alguns conceitos sobre a leitura dos alunos, as quais necessitam de estratégias feitas durante a leitura por parte do professor.

Refletindo sobre a minha prática – aprendi que é muito importante o professor levar atividades que favoreçam a leitura e a escrita dos alunos, algo que tenha uma contextualização com o que eles de alguma maneira já conheçam, como: os textos de cantigas de roda, listas com nomes, músicas populares, parlendas e advinhas.

Esta oficina foi muito importante para minha prática, pois até então não tinha me despertado para as atividades de leitura com este olhar mais criterioso, além do mais não fazia de forma problematizadora as minhas intervenções. Fiquei maravilhada em perceber que as intervenções que nós realizamos colocam em jogo o que as crianças pensam sobre o sistema de escrita.

REFERÊNCIAS:

LERNER, Delia, Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artimed, 2002.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.










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